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A MISSÃO SAGRADA DOS BISPOS

Será que toda igreja deve ser apostólica, independentemente de seu verdadeiro significado ou proposta? Jesus confiou aos apóstolos, sua doutrina como uma missão, como por testamento, para completar e difundir a obra na qual o Espírito Santo os instituiria para apascentar o rebanho a eles confiado. 
Esse múnus foi concedido igualmente a todos os apóstolos encarregados de transmitir a seus sucessores, para quando eles morressem outros homens assumissem o ministério levando a boa nova a todos os povos, resguardando a sagrada missão divina dos Bispos, “quem os ouvi é a Cristo que ouve; e quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10, 16). Assim podemos entender com clareza a testemunhal autoridade dada por Cristo aos Apóstolos sobre a Igreja.
Os Apóstolos escolheram sucessores com a mesma autoridade de ligar e desligar. A transmissão apostólica da autoridade de Paulo a Timoteo e Tito confirmam a existência de sucessão apostólica desde os princípios (2 Tm 1,6; Tt 1,5). O ministério dos apóstolos era transmitido em igualdade aos sucessores e não conferia autoridade de um sobre o outro (1 Cor 4,6; 3,21-22;4,1). Paulo coloca o ministério de Apolo, que era judeu, em igualdade com o seu próprio (At 19,1)
Os protestantes alegam que a reunião dos fiéis forma a igreja e negam a existência de Sucessão Apostólica. Somos então obrigados a encontrar na história da Igreja, provas que realmente existia na Igreja primitiva. 
Clemente de Roma, em sua primeira carta aos Coríntios, afirma que “Cristo vem de Deus e os apóstolos vem de Cristo. As duas coisas em ordem provêm da vontade de Deus. Eles receberam instruções e, repletos de certeza, por causa da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, fortificados pela palavra de Deus e com plena certeza dada pelo Espírito Santo, saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar. Pregavam pelos campos e cidades, e aí produziam suas primícias, provando-as pelo Espírito, a fim de instituir com elas bispos e diáconos dos futuros fiéis... estabelecerei seus bispos na justiça e seus diáconos na fé... instituíram aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião da morte desses, outros homens provados lhes sucedessem no ministério.”
Esses fatos evidenciam claramente a existência de Sucessão Apostólica na igreja primitiva, como objetivo de perpetuar o ministério dos Apóstolos. Ninguém pode se dizer Bispo da Igreja se não tiver recebido a sagrada ordem pelas mãos de um verdadeiro e legitimo Bispo. A história eclesiástica registrada pelo Bispo Eusebio de Cesareia, mostra vários casos de sucessão apostólica.
O testemunho da história do Cristianismo é claro e fartamente apresenta fatos verídicos registrados na História Eclesiástica mostrando que a Igreja sempre foi a coluna e o fundamento da verdade para todos os cristãos. Jesus transmitiu aos Apóstolos sua autoridade e ensinamentos e a Bíblia nunca disse que essa autoridade dentro da Igreja iria cessar com a morte dos Apóstolos e em lugar algum diz que uma vez morto o último Apóstolo, a palavra de Deus escrita tornar-se-ia a autoridade final. Como também nunca disse que algum grupo fosse privilegiado ou escolhido para ser detentor de autoridade e poder apenas por ter valida sucessão apostólica. 
A Bíblia demorou alguns séculos para ser discernida pela igreja, portanto é exatamente pela Sucessão Apostólica que podemos identificar onde está a Igreja de Cristo. 
A Igreja Católica Brasileira sempre será Apostólica até o regresso de Cristo, pois continua fiel sua missão pastoral em colegiado fazendo aquilo que Cristo instruiu aos Apóstolos, ensinamentos que nós transmitiram de forma ininterrupta desde as origens, através dos séculos, condição essencial para que continue existindo plenamente a Igreja de Cristo na ação do Santo Espírito, em ordenações validas.

 

 

 

 

DOM IVAM

SECRETÁRIO ADMINISTRATIVO

CONSELHO EPISCOPAL
 

 

 

 

 

 

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